Mandirituba, um município paranaense na Região Metropolitana de Curitiba, apresenta uma infraestrutura consolidada, uma população com raízes diversas e uma economia historicamente ligada a ciclos extrativistas e agroindustriais.
A infraestrutura de Mandirituba, localizada a 43 km da capital, marcada pela presença de importantes vias de transporte. O município é cortado pela BR-116, que o conecta a Curitiba e Porto Alegre, e pela PR-419, que liga o distrito de Areia Branca do Assis a Agudos do Sul e a São Bento do Sul, em Santa Catarina. Historicamente, a região foi parte da “Estrada da Mata”, um trecho do Caminho de Sorocaba, essencial para o transporte de gado. A instalação de uma serraria em 1900 na localidade de Fazenda Rio Grande, então território de São José dos Pinhais, e o subsequente desenvolvimento de casas comerciais e uma escola, indicam o início da urbanização e da infraestrutura de serviços. O clima da região é subtropical úmido mesotérmico, com verões frescos e invernos com geadas severas e frequentes, sem estação seca.
Do ponto de vista populacional, Mandirituba tinha uma população estimada de 27.315 habitantes em 2020, com uma densidade de 72 hab./km². O Censo de 2010 registrou 22.235 habitantes, predominantemente descendentes de portugueses, poloneses, ucranianos, italianos e alemães, além de migrantes de outras regiões do Brasil. O município foi elevado à categoria de Distrito Judiciário em 1909 e, posteriormente, emancipado de São José dos Pinhais pela Lei Estadual nº 4.245 em 25 de julho de 1960, com instalação oficial em 15 de novembro de 1961. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Mandirituba em 2000 foi de 0,76, considerado alto.
A economia de Mandirituba, cujo PIB em 2018 foi de R$ 613.109,73 mil e o PIB per capita de R$ 23.214,18, tem suas raízes na fase do ouro no século XVII, que, embora infrutífera para a garimpagem, levou ao estabelecimento de povoados e o retorno à agricultura. O tropeirismo e a Estrada da Mata foram cruciais para o desenvolvimento de fazendas agrícolas. Posteriormente, o extrativismo da madeira tornou-se um ciclo econômico significativo, impulsionando a expansão e o início do ciclo agroindustrial no estado. A etimologia do nome “Mandirituba”, que significa “lugar onde há muitas abelhas”, sugere uma riqueza natural que precedeu a intervenção humana em larga escala.
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